Curiosidades sobre a Língua Portuguesa
A MATANÇA GRAMATICAL
.............Tudo é matança, mas há algumas diferenças: o filho que mata o pai comete um parricídio. O filho que mata a mãe comete um matricídio. Os pais que matam o filho cometem um filicídio. A mulher que mata o marido comete um mariticídio. E o marido que mata a esposa comete (que horrível) um uxoricídio.
APERTEM OS CINTOS!
.............Para cada realidade concreta existe uma palavra adequada. Quando um avião desce no aeroporto, aterrissa ou aterriza. Quando o hidroavião pousa no mar, amerissa. E quando uma nave pousa na lua, alunissa ou aluniza.
POLITICAMENTE CORRETO
............. Hoje, há quem diga que precisamos falar politicamente correto, evitando expressões racistas como: ele judiou de mim, a coisa tá preta ou você está denegrindo minha imagem. Até os brancos começam a se revoltar quando ouvem o vestibulando reclamar: Xi... me deu um branco!
QUESTÃO DE OUVIDO
.............Li, certa vez, numa placa: "É proibida a instalação de autofalantes." O ouvido doeu. Não tanto pelo medo de ouvir alguém gritando pelo alto-falante, mas por imaginar como alguém poderia fazer o casamento entre um automóvel e um falante, que ainda por cima era proibido instalar.
O OUVIDO DÓI, MAS O QUE FAZER?
.............A prosódia indica-nos a maneira certa de pronunciar as palavras, levando em conta a sua tonicidade, conhecimento que ajuda a grafá-las corretamente. Rubrica fala-se rubrica, com o i tônico, mas não acentuado. Ruim é ruim, com i tônico, mas não acentuado. Maquinaria é maquinaria, com i tônico mas não acentuado. E pudico fala-se pudico mesmo, com i tônico, e esse i também não é acentuado.
A METONÍMIA E O IBOPE
.............Metonímia é uma figura de linguagem em que se usa uma palavra no lugar de outra, estando as duas estreitamente relacionadas. Quando eu digo que a novela está sem ibope trata-se de uma metonímia, porque ibope é a sigla do Instituto Brasileiro de Opinião Pública, e o que a novela não tem mesmo é audiência, cujo índice, aí sim, é calculado pelo Ibope.
MEDICINA GRAMATICAL
.............Às vezes falamos com imprecisões de sentido, e valeria a pena caprichar. Por exemplo: febre alta. Na verdade, toda febre é temperatura alta. Febre baixa, pelo menos na medicina gramatical, também não existe. Outro exemplo: tirar a pressão. Se uma enfermeira tirar a minha pressão sangüínea eu morro na hora. É bem melhor pedir-lhe para medir a pressão.
CONVERSA PRA BOI DORMIR
.............Até no açougue é preciso falar bem. Quando queremos comprar a parte traseira acima das coxas do animal, devemos pedir alguns gramas ou mesmo um quilo de coxão. Trata-se do aumentativo de coxa. Há quem fale colchão, mas isso já é conversa pra boi dormir.
APOFONIA: ISSO TEM CURA?
............. Vários nomes que, no singular, possuem na sílaba tônica um o fechado - povo, poço, glorioso e olho - no plural experimentam mudança de timbre. As palavras povos, poços, gloriosos e olhos são pronunciadas com o o aberto. É o caso também de novos, porcos e coros. Este é um exemplo de apofonia. E como toda a regra tem a sua exceção, gostos, tronos e bolsos têm o o tônico fechado.
www.folhanet.com.br/portrasdasletras/curiosodades
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário