quarta-feira, 29 de abril de 2009

Basta Pensar em Sentir

Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.




Fernando Pessoa
Teus olhos entristecem



ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱ

Teus olhos entristecem.
Nem ouves o que digo.
Dormem, sonham, esquecem...
Não me ouves, e prossigo.
Digo o que já, de triste,
Te disse tanta vez...
Creio que nunca o ouviste
De tão tua que és.


Olhas-me de repente
De um distante impreciso
Com um olhar ausente.
Começas um sorriso.

Continuo a falar.
Continuas ouvindo
O que estás a pensar,
Já quase não sorrindo.


Até que neste ocioso
Sumir da tarde fútil,
Se esfolha silencioso
O teu sorriso inútil.


ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ

Fernando Pessoa

Tenho Tanto Sentimento

Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa


ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ ﻸჱﻸჱﻸ

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O poeta de sete faces

Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.



Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ei colegas, vamos usar o blog!
Pois o mesmo constitui-se em uma ótima ferramenta de trabalho, especialmente no suporte aos professores em nossas escolas. Enviem sugestões, comentários, sugira a criação de blogs em nossas escolas! Os nossos alunos merecem utilizar os laboratórios de informática com criatividade e objetivos definidos de forma que possa realmente contribuir para a sua aprendizagem. O Tocantins agradece!!!!!!!!!!!!

Sugestões de trabalho - Professor de Língua Portuguesa

Produção de texto - Ensino Médio


Produção de Texto: um Processo na Perspectiva da Sala de Aula
Gilmar J. Fava
A produção completa pode ser lida no
http://www.conteudoescola.com.br/site/content/view/160/31/

INTRODUÇÃO

Embora seja o espaço de uma escola bem estruturado quanto à engenharia de construção civil, normalmente deixa a desejar quanto à estrutura de apoio pedagógico, de ambientes tecnológicos, de espaços de pesquisa e leitura – biblioteca – com pouco acervo para a pesquisa e a maioria dos livros são didáticos e de uso em sala de aula, doados por docentes e pessoas da comunidade. É necessário que os docentes estejam conscientes de suas ações, enquanto profissionais que ministram conhecimentos, porque muitas vezes o que se fala em sala de aula é o que se registra para sempre, e pensando nessa maneira de como se fala e o que se fala em sala de aula é que se faz aqui alguns comentários que poderão ser úteis para o exercício docente.


1 Os professores e suas ações nas aulas de produção de texto através da abordagem da pesquisa
...
As abordagens relativas ao ensino da linguagem estiveram voltadas para questões do tipo: como ensinar? Quais os elementos que compõem a prática pedagógica docente no ensino de língua materna? A questão maior era como explicar e não mais observar e descrever, cujo fato não aconteceria de maneira uniforme, uma vez que ainda se tem, hoje em dia, docentes preocupados apenas com a descrição.

A posição de um professor atuante e inovador não permite que esse professor seja um mero ministrador de aulas, mas exige dele constante atualização e uma atuação coerente com a sua realidade. Dentre os mais diversos itens que se poderia estar aqui enumerando, compreendo que a pesquisa se torna importante nesta formação por começar a incentivar os futuros professores a estarem pesquisando sobre os problemas que enfrentam em sala de aula, como indisciplina, métodos de avaliação, dentre outros, por contribuir com o entendimento acerca da realidade, tanto do aluno como do professor e por promover uma emancipação intelectual e política tanto do professor quanto do aluno, entendendo-se essa emancipação como meio de recuperar o espaço próprio que outros usurparam. Para que o professor possa emancipar seu aluno é necessário que antes ele procure se emancipar, motivando os alunos a uma forma mais eficaz na produção de texto, que se passa a discutir a partir de então.

2 A intermediação do professor na motivação do aluno

Considera-se que as dimensões da leitura e da pesquisa, por exemplo, também são importantes para o professor que já está atuando no ensino fundamental, médio e superior, isso porque o docente que exerce sua função de ensinar necessita do trabalho da pesquisa e da leitura para ser mestre e não discípulo, pois aquele profissional que pesquisa e lê ensina e forma novos mestres. A pesquisa, em toda a sua dimensão, oferece meios e condições para se eliminar a formação de discípulos do campo do mero ensinar e do aprender por aprender. Em Cavalcanti & Lombello (1987) tomando por competência alguns livros didáticos, mostra que a tomada de qualquer atividade com a palavra escrita aparece com a seleção de textos e como determinante seletivo à faixa etária de seus conteúdos, trabalhando mais com a questão da moralidade e com atividades de ensino que se limitam a responder perguntas previamente formuladas com a finalidade de interpretação e entendimento de textos em exercícios de completar espaços, enquanto que a atividade de produção de texto escolar se limita à prática ortográfica e ao uso da pontuação, ainda que essa última mais importante, para se falar somente na disciplina de língua materna.

Por outro lado, é necessário que se esteja atento ao fato de que a pesquisa exige competência do professor e habilidade do aluno, com a consciência de que não existem receitas prontas para desenvolvê-la e também não existem receitas ou normas pré-estabelecidas que possam orientar seguramente o trabalho nesse novo tipo de pesquisa, pois as decisões têm mesmo de ser tomadas com muito cuidado na medida em que cada problema vai se apresentando (LÜDKE, 1995:41).

Para a construção de uma prática pedagógica competente, como, por exemplo, no ensino de produção de texto escrito, cabe ao professor desenvolver a capacidade de interpretação própria da realidade, a fim de que esse possa apreendê-la e compreendê-la. É necessário que o docente esteja em constante contato com pesquisas já elaboradas sobre linguagem para melhor possibilitar esta compreensão. Além disso, as novas interpretações acerca dessas realidades tendem a criar novos métodos e novos pensamentos a respeito da realidade a ser pesquisada e trabalhada.

O professor pode começar a entender sua realidade educacional pesquisando sua própria ação em sala de aula e gerar contradições de como enfrentar desafios de revelar sua prática docente que nem a ele ficavam ou estavam claras; identificar uma experiência vivida em sala de aula sem muito sentido lógico; não encontrar pesquisas prontas, elaboradas acerca do problema que este vive em sala de aula, dentre tantos outros. Quando apreende e compreende essa realidade procura mecanismos que o auxiliem na solução de supostos problemas identificados nessa apreensão e, caso esses não existam, deve estar disposto a resolvê-los, mediante pesquisas. Não há meios de se desenvolver essas pesquisas sem a necessária relação entre teoria e prática e uma das coisas mais ridículas em ciências sociais é a teoria sem a prática, ou a teoria como prática. É fundamental defender a necessidade mútua de teoria e prática, na maior profundidade possível de ambas, porquanto nada é mais essencial para uma teoria do que a respectiva prática e vice-versa, conforme nos mostra Demo (1997:57).


A PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS ESCOLAS

Flávio Alves da Silva

A escrita, enquanto produção de texto, não se constitui em um ato de solidão, de intimidade exclusiva entre o produtor e o texto.

A prática da escrita na escola é um fato monológico no qual o aluno escreve para si. Considera-se uma escrita para si pelo fato que apenas o aluno imprime significação ao texto produzido, sem levar em consideração os demais membros constituintes do processo de comunicação. A produção de texto é realizada dentro de uma perspectiva singular de linguagem. Dentro do contexto escolar a linguagem possui duas concepções, ambas de caráter monológico. A primeira, traz a linguagem como expressão de pensamento, isto é, a escrita de um texto deve expressar a maneira qualitativa do pensamento de seu produtor. Essa concepção é fundamentada no uso da gramática normativa, com isso um texto bem escrito deve seguir as normas da língua culta normativista, e deve apresentar de forma lógica, o pensamento de seu produtor, sem influências exteriores. A segunda, tem a linguagem como instrumento de comunicação que leva uma informação de um emissor para um receptor e exerce apenas essa finalidade. Segundo essa concepção o texto, traz em si o objetivo estrito e restrito de transmitir, de transportar essa uma informação, sem interferências de ruídos comunicativos, deve ser conciso e objetivo.

A escola tem sua prática de produção textual sedimentada nessas concepções, reducionistas, da linguagem e da escrita. Na prática escolarizada o aluno/produtor elabora um texto simplesmente para obter uma nota preocupa-se apenas em levar uma informação acerca de determinado tema o professor/receptor. Procura, simplesmente, moldar suas mensagens dentro das exigências gramaticais normativistas. O professor limita-se a uma prática gramaticalista de avaliação textual, na qual ele apenas assinalar/marca os erros no texto, subtrai os pontos da nota, e o devolve ao aluno sem apontar soluções para esses erros. Com isso o professo encerra essa atividade, não retomando a esse texto, por exemplo, uma possível reescrita.

A produção textual é um processo dialógico que deve estar contido na escola, mas, também, vai além de sua jurisdição. A prática da escrita também possui uma realidade, uma prática social e suas utilizações nessa realidade. Fatores que devem ser considerados pelo professor em sua postura mediadora do conhecimento. Essa prática social cobra dos produtores textuais e dos professores um (s) utilização (ões), alguma(s) finalidade(s), onde e quando será útil a prática da produção textual. Para tanto, o professor deve buscar situações que coloquem o aluno em contato com essas questões e procurando solucioná-las. Busca-se situações/experiências da realidade do educando, procurando leva-los a trabalhar no campo das idéias concomitantemente ao trabalho no campo das palavras

Os critérios do professor para análise do texto devem ser gramaticais e lingüísticos em uma constituição interdependente. Dessa forma a linguagem e a produção textual adquirem uma outra concepção, uma formação dialógica na qual é levado em consideração todos os constituintes do processo comunicativo. Portanto, o texto abrange além de uma simples informação, inseri-se nele outros fatores como as marcas pessoais do produtor, do contexto em que se estar inserido, da formação discursiva a que pertence, da sua finalidade, etc. com isso o texto constitui seus sentidos pela sua inserção num processo real de interlocução. O texto, assim como a linguagem, em sua formação dialógica é um processo contínuo, cíclico, é recheado de marcas, de vozes, de sujeitos que interagem e dialogam entre si.

Essa abordagem possibilita trabalhar o texto mais profundamente tornando-se possível, além da questão gramatical, uma abordagem crítica, um estudo das diferentes modalidades textuais e de suas estruturas e/ou esquemas abstratos, como também trabalhar questões como intencionalidade, recursos e estratégias utilizadas para alcançar determinado (possível) objetivo, dentre outras questões. Sobretudo, para a efetivação de uma produção textual abrangente e formadora de produtores, as ações desenvolvidas na prática do ensino e da produção textual devem ser realizadas dentro do processo dialógico de construção do conhecimento.

PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTO.:

JUSTIFICATIVA:
A turma C do ensino Médio do C. E. Bernardo Sayão apresenta uma carência na produção textual. Os alunos possuem uma grande dificuldade na produção de textos quanto a sua conceituação em tipos de texto e gêneros textuais, além de possuírem uma prática de elaboração de textos restrita a prática escolarizada. Diante da responsabilidade dessa turma da organização do I encontro Estadual dos Estudantes de Letras do Tocantins, ver-se uma oportunidade de trabalhar essa deficiência na produção textual contextualizando com a realidade dos acadêmicos, trabalhando-se com a problematização dessa situação na forma de situação-problema.

OBJETIVOS
Geral:
- elaborar diferentes tipos de textos em diferentes gêneros textuais.
Específicos:
- Discernir o que é tipo de texto e gênero textual;
- Diferenciar prática escolarizada e prática social de produção de textos;
- Conhecer diferentes tipos de texto e gêneros textuais;

METODOLOGIA:
- Situação-problema – Contextualização;
- Estudo dirigido (conceituação de tipos de texto e gêneros textuais; Prática escolarizada x prática social);
- Leitura de textos em diferentes tipos e gêneros.
- Oficina de elaboração de textos (1º momento – produção individual; 2º momento – produção em grupos).

RECURSOS:- Livros teóricos didático-pedagógicos;
- Textos diversos (livros, revistas, jornais, etc.);
- Retroprojetor e transparências;
- Papel pardo, pincéis;

AVALIAÇÃO:
A avalição será contínua, através do acompanhamento da execução das atividades, observando o desenvolvimento das habilidades e competências individuais e coletivas para a resolução da situação-problema trabalhada. Observar-se-á as questões gramaticais e sociais com coerência e coesão, originalidade e criatividade, compromisso e responsabilidade, e a efetivação desses critérios dentro de uma relação dialógica.
Fonte:
http://www.gargantadaserpente.com/artigos/flavioalves



10 SUGESTÕES PARA TRABALHAR COM TEXTO
Litterae - Andréa De Carli

1.Texto em tiras

a) Selecione um texto curto e escreva-o em tiras de papel pardo -aquele bem barato que se compra em metros. Cada frase ou parte do texto deverá estar escrito em uma tira.

b) Divida a turma em grupos.

c) Distribua uma ou mais tiras para cada elemento do grupo -de forma desordenada- e peça para que o grupo o reconstrua no chão, de preferência no corredor ou pátio da escola. Essa atividade é sócio-interativa e promove a participação de todos na reorganização do texto. Também é uma forma de tirá-los das cadeiras e mudar o ambiente de aprendizagem.

2. Horóscopo

Quem não gosta de dar uma espiadinha no seu horóscopo de vez em quando, que atire a primeira pedra.

a) Selecione do jornal os horóscopos de todos os signos. Pode ser um da semana passada, ninguém vai perceber.

b) Pegue o corretivo e, aleatoriamente, dê umas pinceladas nele. Cuide para que haja um apagamento em cada signo.

c) Tire o xerox e dê para cada dupla recompor os textos que foram apagados. Poderá, antes, fazer um aquecimento, perguntando quem acredita em horóscopo, quando costuma lê-lo, se alguma vez já deu certo a previsão feita pelo horoscopista...

3. Anedotas

Selecione algumas piadas de salão e, em duas colunas, divida as piadas ao meio: o início da piada na primeira coluna e na outra - de forma desencontrada- o final das piadas. Os alunos deverão ler e combinar os textos humorísticos.

Sugestão: Convide os alunos a formarem duplas e encenarem as piadas para a turma.

4. Tiras em Quadrinhos


a)Recorte algumas tiras de histórias em quadrinhos.

b) Cole-as em uma folha com as partes desencontradas.

c) Os alunos deverão lê-las e reorganizá-las de forma apropriada.

5. Outra com tiras

a) Recorte novas tiras de histórias em quadrinhos e cole em uma folha, porém na ordem certa.

b) Com o corretivo, apague as falas.

c) Peça que os alunos completem da melhor maneira possível de forma que a história tenha coerência. Esse trabalho poderá ser feito em duplas.

6. Ache a foto da notícia


) Recorte várias notícias com fotos do jornal. Elimine as legendas.

b) Separe as fotos das notícias.

c) Desafie o grupo a encontrar o par (notícia + foto).



7. A Notícia Completa

a) Recorte várias notícias de jornal que tenham as quatro partes fundamentais: título/manchete, lead, corpo, e foto com legenda.

b)Desmembre as notícias, recortando as partes de cada uma.

c) Embaralhe tudinho e peça ao grupo para reorganizá-las novamente.

8.Texto Quebra-cabeças

a) Recorte alguns textos (tantos quantos forem os grupos com os quais você irá trabalhar). Os textos poderão ser coloridos para motivá-los.

b)Faça marcações de forma desorganizada nos textos (tal qual nos quebra-cabeças) e recorte-os.

c) Ofereça-os aos grupos para que os montem novamente. Você poderá ter em mãos algumas perguntas de interpretação para que o grupo responda, dando conta do entendimento da leitura que fizeram. Também poderá ser feita em forma de gincana: o grupo que primeiro responder corretamente a todas as perguntas será o vencedor.

9. Charges


Ler charges de jornal é uma forma divertida de se manter atualizado.

a)Recorte as charges que encontrar pelos jornais.

b) Distribua-as para os grupos e peça para fazerem a leitura do momento, discutindo o acontecimento que está sendo abordado, além de tentar identificar as pessoas que estão sendo focalizadas.

c) Troque com os outros grupos de forma que todos possam fazer as várias leituras.

d) Compare as diferenças que forem surgindo.

10.Lendo figuras

a) Selecione figuras - pode ser de jornal também- que apresentem uma situação passível de se criar um enredo. Explique que uma boa história deve, necessariamente, ter um conflito, senão não é uma história.

b) Peça para que cada um faça a sua leitura do texto extra-verbal silenciosamente.

c) Solicite que, nesse segundo momento, contem para o colega do lado que leitura fizeram e como resolveram o conflito que imaginaram para aquela figura . É importante que cada um fale; não ligue se gerar tumulto na aula, já que isso "faz parte", como diria o Ban-ban.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Curiosidades sobre a Língua Portuguesa

Curiosidades sobre a Língua Portuguesa

A MATANÇA GRAMATICAL

.............Tudo é matança, mas há algumas diferenças: o filho que mata o pai comete um parricídio. O filho que mata a mãe comete um matricídio. Os pais que matam o filho cometem um filicídio. A mulher que mata o marido comete um mariticídio. E o marido que mata a esposa comete (que horrível) um uxoricídio.

APERTEM OS CINTOS!

.............Para cada realidade concreta existe uma palavra adequada. Quando um avião desce no aeroporto, aterrissa ou aterriza. Quando o hidroavião pousa no mar, amerissa. E quando uma nave pousa na lua, alunissa ou aluniza.


POLITICAMENTE CORRETO

............. Hoje, há quem diga que precisamos falar politicamente correto, evitando expressões racistas como: ele judiou de mim, a coisa tá preta ou você está denegrindo minha imagem. Até os brancos começam a se revoltar quando ouvem o vestibulando reclamar: Xi... me deu um branco!

QUESTÃO DE OUVIDO

.............Li, certa vez, numa placa: "É proibida a instalação de autofalantes." O ouvido doeu. Não tanto pelo medo de ouvir alguém gritando pelo alto-falante, mas por imaginar como alguém poderia fazer o casamento entre um automóvel e um falante, que ainda por cima era proibido instalar.


O OUVIDO DÓI, MAS O QUE FAZER?

.............A prosódia indica-nos a maneira certa de pronunciar as palavras, levando em conta a sua tonicidade, conhecimento que ajuda a grafá-las corretamente. Rubrica fala-se rubrica, com o i tônico, mas não acentuado. Ruim é ruim, com i tônico, mas não acentuado. Maquinaria é maquinaria, com i tônico mas não acentuado. E pudico fala-se pudico mesmo, com i tônico, e esse i também não é acentuado.

A METONÍMIA E O IBOPE

.............Metonímia é uma figura de linguagem em que se usa uma palavra no lugar de outra, estando as duas estreitamente relacionadas. Quando eu digo que a novela está sem ibope trata-se de uma metonímia, porque ibope é a sigla do Instituto Brasileiro de Opinião Pública, e o que a novela não tem mesmo é audiência, cujo índice, aí sim, é calculado pelo Ibope.

MEDICINA GRAMATICAL

.............Às vezes falamos com imprecisões de sentido, e valeria a pena caprichar. Por exemplo: febre alta. Na verdade, toda febre é temperatura alta. Febre baixa, pelo menos na medicina gramatical, também não existe. Outro exemplo: tirar a pressão. Se uma enfermeira tirar a minha pressão sangüínea eu morro na hora. É bem melhor pedir-lhe para medir a pressão.


CONVERSA PRA BOI DORMIR

.............Até no açougue é preciso falar bem. Quando queremos comprar a parte traseira acima das coxas do animal, devemos pedir alguns gramas ou mesmo um quilo de coxão. Trata-se do aumentativo de coxa. Há quem fale colchão, mas isso já é conversa pra boi dormir.


APOFONIA: ISSO TEM CURA?

............. Vários nomes que, no singular, possuem na sílaba tônica um o fechado - povo, poço, glorioso e olho - no plural experimentam mudança de timbre. As palavras povos, poços, gloriosos e olhos são pronunciadas com o o aberto. É o caso também de novos, porcos e coros. Este é um exemplo de apofonia. E como toda a regra tem a sua exceção, gostos, tronos e bolsos têm o o tônico fechado.


www.folhanet.com.br/portrasdasletras/curiosodades